terça-feira, 27 de outubro de 2009


Sinto as súplicas silenciosas,
do meu corpo pedindo o teu
Os pensamentos que se soltam
São teus ,
os meus beijos;
meus desejos

Ah! este teu jeito de andar;
Esbanjando sensualidade
Quase como um deboche,
me deixa louca
Sou um fantoche pendurado aos cordéis da tua vontade

Sob o pêssego angelical das promessas
deslizei na suavidade de tuas palavras
para o abismo dos teus
cínicos propósitos
Não resisti ao ímpeto de tê-lo nos braços
Por isso, paguei o preço exorbitante
da minha credulidade

Ainda ouço as ultimas silabas das
ríspidas palavras que gritamos,
mesmo silenciosamente...
Naquela noite, nos perdemos pra sempre,
um do outro

quinta-feira, 22 de outubro de 2009


Ouço vozes.
Vozes sem palavras,
Apenas vozes que não dizem nada.
Como se viessem de uma procissão
Como aquelas que deixam no chão;
as preces de multidões desesperadas

Ouço vozes.
Vozes com gritos;
sob o troar de pés aflitos
Ensurdecendo o silêncio dos Santos
Aquele cheiro úmido de poeira e pranto;
exalando da multidão dos esquecidos

Ouço vozes.
Vozes ás vezes longínquas
Gritando afirmações ambíguas;
sobre o risco de ser viciado...em Deus,
ou no Diabo, não importa!

Ainda assim, ouço vozes!
Vozes incertas;
saídas de mil bocas abertas
Expelindo a dor do "não ser nada"
Vozes resmungadas, pragas
deixadas á soleira de vidas desertas
tão desertas
Vozes desesperadas.

Motivo de murmúrio,
em recluso
Vida sem rumo
apenas um vulto.

Usando uma máscara
Cansei de ser o palhaço,
sendo a piada
Pra essa gente sem graça.

Procuro a paz
Algo mais
Que me torne capaz,
de ser um mero sagaz
para tolerar essa vida de um Deus que se camufla entre um Satanás.

Vida que me atrai
Gente que se faz,
Mas não é !




quarta-feira, 21 de outubro de 2009



Ao crepúsculo
torno-me vampiro
Caçador de gritos
Sanguinário maldito

Pálido
Camuflado
Sinto cheiro de medo
Morto Vivo transpirando desejo

Com a pele corada, entorpeceu-me
Envolveu-me
Apaixonei-me.

Como se tua vida fosse minha;
viverei eternamente
Desejando-te
Amando-te
Como um vampiro a procura de sangue

sábado, 10 de outubro de 2009


Hoje eu me sinto recluso,
apático, obtuso, sem vontade.
uma espécie de abandono,
mistura de tédio e sono,
e auto- piedade...

Talvez eu seja um covarde
que perdeu a auto-estima,
e se afoga na rotina
de mais uma tarde.
A proporção que envelhecemos,
precisamos pagar mais
por menos tudo, até não podermos mais .
sem nada , estamos sozinhos. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Coração partido.
Estilhaços no chão, foi tudo em vão.
Tenho que refazê-lo, reconstruir-lo.
Medo de viver o que já foi vivido.
Medo da força torna-me frágil.
Medo do calor tona-me gelado.
Coração de pedra sensível; será possível ?!
Desejo reprimido.
Faça-me juntar os cacos , transformá-lo em Amor Reconstruído.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Hoje eu acordei animada, ambiciosa.
está na hora dessa nuvem se desfazer
fazer chover,escorrer as desilusões
nessa hora o corpo se liberta
sai alma perdida
alma que suspira
alma que intriga
quero outra alegria; cansei da sua companhia.
o corpo padece , a mente enlouquece
vi ali a felicidade , criei coragem , corri atrás.
quase alcancei, me cansei ..me desmotivei.
escutei uma voz
voz da vontade ;coragem.
eu resolvi partir pra liberdade !